sexta-feira, 28 de julho de 2017

PROBIÓTICOS

PROBIÓTICOS são microorganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefício à saúde do ser humano.
Existe uma gama extremamente diversificada de possíveis efeitos biológicos e novas atividades funcionais que estão sendo exploradas constantemente.
Apesar de as principais indicações do uso médico dos probióticos ainda serem na área de prevenção e tratamento de doenças gastrointestinais, gradualmente mais comprovações são coletadas sobre as indicações extraintestinais, como dermatite atópica, alergias e infecções respiratórias.

Falando nos benefícios digestivos, os probióticos melhoram o trânsito gastrointestinal e reduzem o tempo de diarreia infecciosa.
Apresentam também benefícios na constipação intestinal (intestino preso), problema frequente na infância, melhorando a consistência e frequência das fezes.
Os probióticos são indicados em associação ao tratamento do H. pylori, aumentando as taxas de erradicação e reduzindo os efeitos adversos causados pelos antibióticos.

Ensaios clínicos mostraram que o Lactobacillus reuteri DSM 17938 proporciona redução dos choros em bebês com CÓLICA.

Estudos recentes americanos sugerem que o Lactobacillus rhamnosus LGG pode acelerar a aquisição da tolerância (cura) em algumas crianças com alergia à proteína do leite de vaca (APLV). Ainda estão sendo realizados mais estudos usando esses lactobacilos em fórmulas extensamente hidrolisadas e por isso, ainda não são utilizados como rotina. Portanto, ainda não há consenso sobre a recomendação do uso de probióticos para as crianças com APLV.
É importante frizar que nem todas as crianças apresentarão melhora com o uso de probióticos e por isso, a indicação deve ser individualizada e estudada para cada caso.

Apesar da grande difusão de probióticos caseiros, apenas os probióticos comercializados apresentam comprovação de eficácia por terem o número de colônias recomendado pela ANVISA. 
Nesse campo tão promissor, ainda são necessárias mais pesquisas sobre os probióticos para a prevenção e controle dos sintomas gastrointestinais na infância.
Dra. Daniela Mendonça
Gastropediatra
CRM 20908 / RQE 12409



                                                                                                 

quinta-feira, 20 de julho de 2017

A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) está aumentando?

Sim, houve um aumento na prevalência da APLV de 0,2 % para 2 a 6 % conforme a população estudada e existem algumas teorias que tentam explicar o motivo do aumento das alergias alimentares nas crianças.
O principal fator de risco é a predisposição genética para alergia (atopia), ou seja, se a mãe ou pai apresentam alguma alergia (rinite, dermatite, asma ou qualquer atopia), a criança já nasce com um risco de 50 a 75 % de também ser alérgica e pode se manifestar como alergia alimentar na fase inicial da vida.
Sabe-se também que a mudança da microbiota intestinal (bactérias boas do intestino) dos bebês pode predispor à APLV. Essa conclusão se deve a estudos demonstrando que crianças nascidas de cesárea acabam não entrando em contato com a flora bacteriana vaginal da mãe por meio do canal do parto e apresentam uma microbiota intestinal diferente e com menos defesas do que a do bebê nascido por parto normal.
O contato precoce com a proteína do leite de vaca é outro fator de risco importante, principalmente nas primeiras horas de vida. Portanto, o aleitamento materno exclusivo é um protetor para alergias alimentares e outras atopias.
Outros fatores de risco para alergias alimentares/APLV são:
- prematuridade;
- introdução precoce de alimentos sólidos antes dos 4 meses de idade;
- introdução do leite de vaca integral antes de 1 ano de idade;
- infecções intestinais;
- alterações da flora intestinal (disbiose);
- uso repetitivo de antibióticos;
- uso abusivo de antiácidos.
Curiosamente, a maioria das crianças melhora da APLV, ou seja, se tornam tolerantes a proteína do leite de vaca. Um estudo relata que 45-50% melhoram até 1 ano, 60-75% até 2 anos e 85-90% até 3  anos de idade. 

Saiba mais sobre os sintomas e tratamento da APLV no post anterior:
APLV sintomas e tratamento

As crianças com alergia alimentar devem ser acompanhadas por uma equipe multidisciplinar formada por GASTROPEDIATRA, alergista pediátrico e nutricionista.

Dúvidas? Escreva aqui ou mande um email: danielagastropediatra@outlook.com

Dra. Daniela Mendonça
Gastropediatra
CRM SC 20908


vídeo DESFRALDE - Dra Dani e a psicóloga Ana Paula Petry

Se vc tem dúvida de quando iniciar o desfralde, assista o vídeo meu e da Ana Paula psicóloga sobre o DESFRALDE.
Dra Daniela Mendonça
Gastropediatra
CRM SC 20908


sexta-feira, 14 de julho de 2017

Problemas gastrointestinais nas crianças - entrevista

Nessa entrevista no Programa Vera Toledo abordo os principais problemas gastrointestinais na criança:
- DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO
- ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE DE VACA (APLV)
- ALERGIAS ALIMENTARES
- INTOLERÂNCIA À LACTOSE
- DOENÇA CELÍACA
- CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
Dra. Daniela Mendonça
Gastropediatra
CRM SC 20908






domingo, 2 de julho de 2017

GASTROPEDIATRIA

A Gastropediatria é uma área de atuação da Pediatria responsável pelo tratamento das doenças que acometem os órgãos gastrointestinais (esôfago, estômago e intestino) e o fígado.​​

Segue abaixo as principais doenças:

GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
·         Refluxo gastroesofágico (vômitos)
·         Constipação intestinal (intestino preso)
·         Dor abdominal recorrente
·         Diarreias
·         Alergia alimentar
·         Alergia a proteína do leite de vaca
·         Intolerância à lactose
·         Doença celíaca
·         Doença inflamatória intestinal
·         Sangramentos gastrointestinais

HEPATOLOGIA PEDIÁTRICA
·         Hepatites virais (A, B e C)
·         Hepatite auto-imune
·         Icterícia (amarelão)
·         Hipertensão porta
·         Esteatose hepática
·         Alterações laboratoriais da função hepática

Dúvidas sobre locais de atendimento, acesse meu site: