Embora NÃO haja nenhuma associação entre o uso da vacina rotavírus e o desenvolvimento da alergia à proteína do leite de vaca (APLV), existe o receio, por parte de alguns familiares, da vacina estar relacionada ao surgimento ou desencadeamento da APLV.
Não há estudos publicados que demonstrem aumento ou desencadeamento de APLV em crianças vacinadas contra o rotavírus.
Bebês que estejam com colite alérgica em atividade (diarreia com sangue), devem ter a aplicação da vacina adiada até a recuperação geral.
A vacina pode, raramente, causar sangue nas fezes pela hiperplasia nodular linfoide, resultante de colite crônica inespecífica.
Por outro lado, nos últimos 10 anos, a ampliação do conhecimento e uso de exames diagnósticos para APLV têm contribuído para maior número de casos suspeitos e diagnosticados. Além disso, a idade em que a vacina é realizada coincide com a idade de maior diagnóstico da APLV, podendo aí haver forte coincidência temporal de fatores envolvidos, associados ao fato de que as alergias alimentares estão aumentando em número, mesmo antes da introdução da vacina rotavírus, em 2006.
Portanto, as Sociedades Brasileiras de Alergia e Imunologia (ASBAI), Imunizações (SBIm) e de Pediatria (SBP - Departamentos de Imunizações e Alergia) reafirmam a eficácia e a segurança das vacinas rotavírus e recomendam o uso rotineiro no calendário vacinal da criança, face à grande importância e impacto que a doença tem na saúde infantil.
Dra. Daniela Mendonça
Gastropediatra
CRM SC 20908 / RQE 12409
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