A Doença Celíaca é uma enteropatia crônica do intestino
delgado, de caráter autoimune, desencadeada pela exposição ao glúten (principal
fração proteica presente no trigo, centeio, cevada, aveia e malte) em
indivíduos geneticamente predispostos.
O exame para a investigação da doença celíaca deve ser
realizado nos pacientes que apresentam:
1) Sintomas clássicos da doença celíaca:
- Diarreia crônica, associada à
distensão abdominal e perda de peso;
2) Sintomas não clássicos da doença
celíaca:
- Baixa estatura;
- Anemia persistente;
- Osteoporose;
- Hipoplasia do esmalte dentário;
- Aftas recorrentes;
- Constipação intestinal refratária
ao tratamento;
- Atraso puberal;
- Irregularidade no ciclo menstrual;
- Esterilidade;
- Abortos de repetição;
- Manifestações psiquiátricas
(depressão, autismo, esquizofrenia);
- Neuropatia periférica;
- Artralgias (dor nas “juntas”) ou
artrites;
- Fraqueza;
- Perda de peso sem causa aparente;
- Alteração das enzimas do fígado sem
causa aparente.
3) Parentes de primeiro grau (pais e
irmãos) de pacientes com a doença celíaca;
4) Doenças autoimunes:
- Diabetes melito dependente de insulina
- Tireoidite autoimune
- Deficiência seletiva de IgA
- Síndrome de Sjögren
- Colestase autoimune
- Miocardite autoimune
5) Síndrome de Down
6) Síndrome de Turner
7) Síndrome de Williams
8) Dermatite herpetiforme.
Se seu filho apresenta algum desses critérios acima, procure
um gastropediatra para realizar o exame de triagem para doença celíaca (que é
um exame de sangue) e, se positivo, a confirmação deve ser feita por meio da
biópsia do intestino delgado através da endoscopia digestiva alta.
O tratamento da doença celíaca consiste na dieta sem glúten por
toda a vida.
Dra.
Daniela Mendonça
Gastropediatra
CRM
20908 / RQE 12409
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